sábado, 19 de setembro de 2009

Experimental

Passado alguns dias monótonos e depressivos, senti a necessidade de traduzir um poema de Murilo Mendes para o teatro, Mapa. É um poema que mostra a evolução de um ser humano minuncioso. A riqueza de detalhes da sua vida. A insinuação de que realmente faz parte de um "movimento" egocêntrico, no qual, ele, mesmo sendo inferior a muitos outros, considera-se importante mudança para as nações, revoluções, transeuntes.
Unindo passagens desse texto e mais outras passagens de textos meus, consegui chegar a uma personagem de absoluta confusão, o qual conseguia ser autoafirmativo e depredativo, em um ambiente pseudo-psicótico. Sua crença era limitada, pois acreditava em anjos e demônios, e santos, quando ele quisera segurar para não ter que cair no esquecimento das pessoas, quando percebera que o seu peito precisava de mais afago, que nunca encontrava, que possuía o cigarro como única fonte de bel-prazer. Sua movimentação cênica era de movimentos lentos, ricos de detalhes, nos quais, aparentemente, pareciam apenas ser dos dedos ao fumar um cigarro ou ao segurar o chão na busca de apoio transcedental, o qual era ilusório. Delírio.

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