O amor, de longe, diz-me adeus.
Passou. Foi flor e fruto
E hoje é mais nada. Um ramo nu que o vento agita.
O amor foi riso álacre, festa.
Depois silêncio, cinza e tédio.
O amor foi dor, presença ardente
E hoje é uma folha, leve coisa
Que na lembrança vai rolando
Para o gelado esquecimento.
O amor foi canto, voz ardente,
flama e esperança
E hoje é apenas sítio triste,
Paisagem toda envolta em névoa,
Brinquedo de criança morta,
Sombra amada, mas sombra.
O amor é uma cidade abandonada
onde ninguém habita mais.
Augusto Frederico Schimidt
sexta-feira, 5 de março de 2010
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